(23/7/2021) – O Núcleo de Atendimento em Transtorno de Espectro Autista (NATEA) do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (Belém/PA) já realizou cerca de sete mil atendimentos desde sua inauguração, em dezembro. São cerca de 300 usuários atendidos por mês, por meio de equipe multiprofissional, para desenvolvimento de pessoas com autismo.
“Avalio de forma positiva, não havia no Estado nenhum serviço de saúde que prestasse atendimento qualificado baseado nas maiores evidências científicas para o autismo, estamos provendo aos usuários assistência em análise do comportamento aplicada, terapia de integração sensorial, musicoterapia, educação física adaptada e outras intervenções multiprofissionais”, afirma a coordenadora estadual de Políticas para o Autismo, Nayara Barbalho.
A intenção, frisa ela, é expandir o serviço para outros municípios. “A ideia é que o espaço Natea e outras práticas com evidências científicas realizadas no núcleo possam ser descentralizadas e regionalizadas para outros municípios polos. Portanto, já realizamos articulações com gestores de municípios que já apresentaram demanda através das Carteiras de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea)”.
A Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), emitida pela Sespa, é um documento para que as pessoas com autismo possam ter prioridade no atendimento em serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social. A carteira também propiciará a primeira base de dados sobre o autismo no Pará.
Nos últimos anos, o Pará tem avançado na política pública voltada para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), por meio de ações inclusivas, que integra a Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Peptea), instituída pela Lei nº 9.6061, sancionada em maio de 2020, pelo governador Helder Barbalho. Nayara explica quais outras ações também estão sendo realizadas pelo Estado.
“Continuamos trabalhando com os cadastros das CIPTEA’s para ampliar a primeira base de dados sobre autismo no Estado, emissão de Registros Gerais em parceria com a Defensoria Pública, capacitação em andamento em parceria com a Escola de Governança Pública do Estado do Pará, através do projeto “capacitar para incluir” para sete municípios, ações de saúde, cidadania e educação através do projeto “CEPA pelo Pará”, capacitação de servidores municipais e estaduais, além disso, também estamos atualmente trabalhando na elaboração de alguns documentos oficiais da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo como manuais de orientações e informativos”, explica a coordenadora.
(Fonte: Ag. Pará).