Cerca de 27% dos partos efetivados no Hospital Geral de Tailândia (PA) são de usuárias adolescentes. Referência em Obstetrícia e Ginecologia, o HGT, na mesorregião do Nordeste paraense, registrou entre janeiro de 2021 e janeiro de 2022, a realização de 1.743 partos. Desses, 460 em crianças e adolescentes entre 10 a 19 anos. A constatação é da Central de Parto Normal (CPN) da unidade hospitalar, que considera esses dados preocupantes.
A equipe do CPN verificou que ano passado foram realizados 411 partos em adolescentes, na faixa etária de 15 a 19 anos. Na sequência, 21 partos foram realizados em meninas de 10 a 14 anos. Já em janeiro deste ano, foram realizados 28 partos, entre usuárias adolescentes de 15 a 19 anos.
De acordo com o Diretor Técnico do HGT, Ananias Manoel, os dados são considerados altos, pois indicam que a cada quatro gestantes que dão à luz no HGT, uma é adolescente. Diante deste cenário, o médico faz um alerta para as adolescentes ao ressaltar os riscos da gravidez precoce. “É um período de transição da infância à vida adulta e carrega diversas e constantes mudanças e adaptações. A gestação na adolescência constitui um problema de saúde pública por causa dos riscos tanto à saúde da mãe, quanto a do bebê, entre elas, prematuridade, anemia, aborto espontâneo, eclampsia e depressão pós-parto. Esses dados influenciam não apenas na taxa de mortalidade materno-infantil, como também tem impacto no contexto socioeconômicos desta adolescente”, observou Ananias Manoel.
O médico defende a realização de ações de educação em saúde e projetos para reduzir número de gravidez entre crianças e adolescentes. “É dever dos profissionais de saúde orientarem, aconselharem e transmitirem o máximo de informações para que a adolescente não passe por gravidez sem planejamento, mas ocorrendo no momento certo para que o corpo esteja apto para tal processo”, concluiu o médico.
Ação nas escolas em Tailândia – A programação de educação em saúde contará com a promoção de palestras para alertar crianças e adolescentes, sobre os riscos e consequências da gravidez precoce para alunos da rede de ensino particular, tendo em vista que, a rede de ensino público segue sem aulas presenciais. A ação está sendo coordenada pelo Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) do HGT, ao longo deste mês.
Serviço: O HGT é um órgão do Governo do Estado, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), estando localizado na Av. Florianópolis, s/n, Bairro Novo. Mais informações pelo fone (91) 3752-3121.
(Informações Agência Pará / Ass. Comunicação do HGT).