(28/2/2020) – O Hospital Geral de Ipixuna do Pará está disponibilizando o serviço de laqueadura tubária, conhecida como ligadura das trompas, como parte do Programa de Planejamento Familiar do Sistema Único de Saúde (SUS). As demandas dos municípios da 3ª e 5ª regionais, da região do Capim, já começaram a ser encaminhadas para o Serviço Social da unidade hospitalar (HGI), para avaliação da documentação necessária e posterior agendamento de consulta com a equipe ginecológica, para que seja iniciado o protocolo de realização do procedimento. O HGI não realiza parto cesariano e, por isso, não realiza laqueadura pós-parto.
“O planejamento familiar é direito de todo cidadão, sendo parte integrante do conjunto de ações da atenção à mulher, dentro de uma visão de atendimento integral à saúde. Pacientes que estiverem devidamente esclarecidas e desejarem a realização da laqueadura tubária devem expressar seu desejo e consentimento por meio de assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido”, orienta a gerente assistência do HGI Mônica Lôuza.
Os municípios de abrangência para a realização dos procedimentos são: Castanhal, Curuçá, Igarapé-Açú, Inhangapi, Magalhães Barata, Maracanã, Marapanim, São Francisco do Pará, São Domingos do Capim, São João da Ponta, Terra Alta, São Miguel Aurora do Pará, Capitão Poço, Dom Eliseu, Garrafão do Norte, Ipixuna do Pará, Irituia, Mãe do Rio, Nova Esperança do Piriá, Paragominas, Santa Maria e Ulianópolis e São Miguel do Guamá.
Segundo o médico cirurgião geral e diretor Técnico do HGI, Marinaldo Martins Ferreira, a laqueadura tubária, também chamada de ligadura de trompas, é um procedimento de esterilização que tem como objetivo impedir que a mulher consiga engravidar. “Essa técnica é considerada um método permanente e sua taxa de sucesso é elevadíssima, ao redor de 99%. A laqueadura funciona como método anticoncepcional definitivo”, ressalta.
No Brasil, para que a mulher seja submetida à Laqueadura Tubária, a lei exige que a mulher tenha mais de 25 anos ou pelo menos dois filhos vivos. O procedimento só pode ser feito mediante declaração escrita e devidamente assinada, contendo a inequívoca manifestação de que a paciente deseja se submeter-se ao procedimento de esterelização e a menção de que foi devidamente informada sobre as suas consequências. Além disso, após uma reunião com equipe multidisciplinar, composta por médicos, psicólogos, assistente social, a paciente precisa esperar um tempo de 60 dias que é chamado de “tempo de reflexão”. Somente após esse intervalo é que o processo pode ser iniciado no hospital escolhido. O processo é visto como burocrático, mas é feito porque a taxa de arrependimento é de cerca de 10% e reversão da laqueadura é muito difícil.
“Para que o procedimento seja realizado, existem alguns critérios, tais como a paciente ter a capacidade civil plena e ter pelo menos dois filhos vivos e o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, para que ela seja incluída nesse espaço de tempo em aconselhamento de equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce. Outro critério para que a cirurgia de laqueadura tubária seja realizada é nos casos em que a gravidez seja um risco a vida da saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado por dois médicos. É Importante ressaltar que nos casos em que a mulher esteja em sociedade conjugal, a esterilização dependerá do consentimento expresso por ambos os cônjuges”, informou a assistente social do serviço social do HGI, Rosalvina Azevedo de Souza.
A equipe do HGI disponibiliza atendimento nas seguintes especialidades: cirurgia geral, clínica médica, ginecologia e cirurgia geral, bem com ambulatório de especialidades: infectologia, neurologia, ortopedia, urologia, vascular, ginecologia, clínica médica, cirurgia geral, cardiologia e anestesia.
(Informações: Vera Rojas – Ass. Imprensa HGI)