A UPA Campos Salles (Manaus / AM), que compõe o Complexo Hospitalar Zona Norte (CHZN), iniciou no fim de janeiro participação no projeto de pesquisa ‘Rede de Vigilância em Síndrome Febril Aguda (REVISA)’, em parceria com a Fundação de Medicina Tropical (FMT-HVD) e a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-RCP).
A unidade foi escolhida pela FVS para corroborar com o estudo devido a quantidade de casos suspeitos de arboviroses, como da oropouche, notificados nos meses de dezembro e janeiro. O estudo permite identificar pacientes com sintomas de síndrome febril aguda, sendo utilizado como critérios febre relatada ou aferida por até sete dias em pacientes maior que cinco anos. Menores de idade devem estar acompanhados por um responsável legal. Os participantes devem assinar um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, estar munidos de documentos oficiais com foto e autorizar a coleta de sangue venoso para análise de sorologia.
Durante o ano de 2023, uma média de 174 testes rápidos mensais de dengue foram realizados na unidade, porém em dezembro, esse quantitativo subiu para 551 solicitações, um aumento aproximado de 215% de suspeitas de arboviroses em relação aos meses anteriores. Deste total de exames, 235 resultados foram detectáveis para Oropouche. Os exames solicitados até dia 24 de janeiro já contavam com 108 resultados positivos para este vírus.
Para o diretor técnico do CHZN, Leandro Moura, a escolha da unidade como base para captação de pacientes que farão parte da pesquisa, demonstra que “o empenho da equipe para notificar as arboviroses diagnosticadas na unidade foi de suma importância para a escolha”.
Durante quatro meses, profissionais da saúde da Fundação Tropical farão a coleta do material para as análises em paciente atendidos pela UPA Campos Salles. De maneira voluntária, os participantes que aceitarem participar da pesquisa serão acompanhados por 6 meses atendidos na sede da Fundação de Medicina Tropical.
“Saber que uma das nossas unidades está colaborando para uma pesquisa tão importante como essa para o SUS, nos deixa muito satisfeitos”, afirma José Luiz Gasparini, diretor operacional Norte/Oeste do INDSH. “É o respeito à vida sendo colocado em prática, colaborando com a ciência para que novos tratamentos sejam descobertos”.
(Com informações da Ass. de Comunicação do CHZN).